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segunda-feira, 27 de abril de 2009

PESQUISA - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA AFLIGE MAIS AS MULHERES QUE AIDS


SÃO PAULO – Nem o câncer de mama, nem a possibilidade de contrair o vírus da aids aflige mais a mulher brasileira do que o temor de ser agredida em casa pelo companheiro, filhos ou netos.

A violência doméstica está no topo das preocupações da pesquisa divulgada ontem pelo Ibope em parceria com o Instituto Avon.
O levantamento, denominado Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil, ouviu cerca de 2 mil pessoas em todas as Regiões do País, entre os dias 13 e 17 de fevereiro.

Mais da metade das entrevistadas (56%) disseram temer mais a agressão física do que a aids ou o câncer. A preocupação com o aumento dos casos de aids ocupa o segundo lugar (51%), seguida pela violência urbana (36%) e pelo câncer de mama e de útero (31%).

Para a promotora de Justiça e professora de Direito Penal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Eliana Vendramini, a preocupação com a agressão em casa dá a dimensão de como a mulher sofre. “A violência doméstica dói mais do que uma doença física, porque é uma surpresa diária e se manifesta de vários modos.”

De acordo com a pesquisa, a criação dos filhos está entre os principais motivos que levam a mulher a continuar com o companheiro agressor. Cerca de 23% das entrevistadas apontaram essa justificativa, só superada pela falta de condições econômicas para se sustentar, com 24%.

O que chama a atenção, no entanto, é que para 17% das entrevistadas a mulher continua com o parceiro por medo de ser assassinada caso ponha fim à relação. Esse número sobe para 24% na percepção de jovens com até 24 anos.

FONTE-JC

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